Por Rocco Siffredi
Alguns visitantes ousam duvidar de minhas experiências futebolisticas. Indagam como um ex ator pornô pode da noite para o dia virar comentarista esportivo, e ganhar uma coluna inteira no Blog mais visitado da rede?
A eles revelo um detalhe de minha vida, que relato no texto abaixo: Já fui técnico de futebol.
Ah... e dormir com a mãe do Roberto Marinho também ajudou a conseguir essa vaguinha.
A Epopéia:
Durante a década de 80 minhas finanças foi pras picas(claro...como também metade do meu sangue). Tudo que eu tocava virava ouro, cheguei a ser considerado o homem mais importante do mundo depois de Margareth Tacher, ainda que alguns céticos duvidem da masculinidade dele. Mas essa vida libertina que me abriu portas e bundas nos altos escalões do governo, tambem foi responsavél pela minha ruína
Não nego, é verdade que fiz dinheiro às custas de velhinhas caridosas, esqueci de pagar alguns impostos, e me aproveitei de alguns favores da máfia. Mas pelos serviços prestados ao meu país, não esperava tamanha rejeição da sociedade italiana. Depois de alguns meses de má publicidade em jornais e críticas negativas de meus filmes, eu só conseguia paz dentro do Vaticano ou outras casas de pior reputação. Foi quando resolvi viajar pelo mundo, e o Brasil era o local exato para minhas férias longe do fisco.
O povo se fudeu...Antes ele do que eu!
A regra era simples, quanto mais o povo se fudia nos planos mirabolantes do Sarney, mais ele queria aliviar a tensão...Cada vez que Cid Moreira e Sergio Chapelin falavam na tv sobre overnight, arrocho salarial, congelamento de preços, menos 3 zeros aqui, Planos Bresser, mais minha profissão ganhava espaço no Brasil. Em pouco tempo, eu já era um herói tupiniquim, e convidado a dar palestras nas Universidades, para nerds espinhentos que sofriam para pegar uma amiguinha de sala. Esse dinheiro foi devidamente investido na minha auto-biografia independente. “A nada mole vida de Rocco Siffredi”
O investimento revelou-se um tiro n´agua. O povo até gostava de mim, mas minha vida não podia ser revelada assim, sem um vinho antes, um carinho no cangote, essas coisas. Enfim, todos ficaram chocados(menos o Papa). A verdade é que nos anos 80, com toda aquela liberdade, eu era tão imoral, mas tão imoral, que a leitura de minha mão era proibida para ciganas menores de 21 anos.
Meu amigo e defensor J.P. gostava de rezar a missa durante o período noturno porque a noite é uma criança
Com o objetico de pagar a gráfica, o escritor designado para escrever meus pensamentos(um tal de Jorge Amado),e principalmente minhas farras em lupanares de quinta categoria, precisei fazer um serviço de xerox. Infelizmente copiar notas de 100 dolares era uma das poucas coisas ilegais no Brasil, e parece que o governo não levou no bom humor o fato de eu ter causado o maior pico inflacionário da história brasileira. Acabei preso
Após pagar minha fiança, num processo que me levou até as calças, voltei para a Itália, a procura de um novo emprego. Uns meses no Brasil, cara de bêbado, falando enrolado por ter esquecido o idioma italiano, logo acreditaram que eu havia me tornado técnico de futebol.
De cara, assumi a Juventus sem ao menos saber as regras do jogo. Era fácil, eu escalava os jogadores, levava para as noitadas e principalmente, anotem isso que é o melhor ensinamento que poderia dar a vocês: Contactei meus amigos da máfia para convencer os árbitros de alguns pênatis mais armados que cabelo de Aracy Balaba...bala...babalani...foda-se, vocês entenderam. Foi barbada, recuperei minha estima, meu dinheiro, e meu status de mito.
Quanto ao processo que respondia no Brasil, devo tudo à minha mãe. Ela, inclusive, já entrou na justiça para tentar receber alguma coisa. Mas do meu bolso não sai um puto!
Rocco Siffredi é como Delfim Netto. Fala muito e não explica porra nenhuma